sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Azul

Fazer o quê?
Se é na delícia do seu afago que minh'alma compadece
E o meu corpo esmurece, suplicando sempre mais?

Fazer o quê?
Se são teus olhos piegas que colorem meus sonhos cinzentos
Afastando o desalento dos meus dias tão sem paz?

Fazer o quê?
Se o teu sussuro em meu ouvido diz muito além dos sentidos
E o teu corpo faz comigo tudo aquilo que ele quer?

Fazer o quê?
Se o meu corpo quer está contigo
E cansou de procurar abrigo em abraços desiguais?
Vê se aceita, não repudia
Meu querer que, em agonia, só quer pra ti ser um pouco mais.



 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Socorro, eu estou sentindo tudo!

O fato de ter ficado em casa sozinha nas últimas duas tardes, por conta de repouso médico, me obrigou a refletir. A gente sempre faz reflexões quando quer, mas quando ficamos sozinhos, se não recorremos a recursos televisivos ou ferramentas do tipo, somos obrigados a. É por isso, acredito eu, que tanta gente não gosta de ficar sozinha. É por isso que em certas fases da nossa vida buscamos os excessos. Bebidas, farras e etc. Essas coisas que fazemos em grupo, mas completamente sós. Eu nunca tive muito problema em refletir. Claro que também tenho a fase pé-na-jaca, mas sempre muito consciente: ok, estou enfiando o pé-na-jaca para não refletir sobre o que preciso. Devemos respeitar isto também. Os excessos são paleativos da nossa fragilidade. Na minha reflexão, pela milésima vez, fiquei pensando à respeito da minha ansiedade. É  demais! Sempre soube disso, mas o diagnóstico clínico de "sangue quente" mexeu comigo ( meu corpo ficou avermelhado e o médico me explicou tudo direitinho, com aqueles nomes difíceis. Mas no final eu questionei: "Então estou com sangue quente?". Ele riu e disse que sim). Sempre fui muito ansiosa e isso muitas vezes me atrapalha. Tenho atitudes precipitadas, sentimentos precipitados. Morro pelo menos 3 vezes ao dia. Acho que isso piorou muito depois que parei de fumar. O cigarro, por mais malfeitor que seja, segurava bastante a minha onda. Mas parei e não quero voltar. E agora, o que fazer? Respira, inspira, respira....Aaaah! Não funciona. Yoga, terapia, caminhada, meditação... Qualquer coisa que se sinta! Tem tantas ferramentas, deve ter alguma que sirva!