terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Maria Bethânia: o desfecho.

...E lá se foram nada mais, nada menos que 25 dias de espera. Cada dia contado desesperadamente. No dia 23/11 eu pulei da cama: "Meu Deus, não acredito, é hoje!". Ansiedade era o meu nome. Liguei para minha amiga que também iria comigo para dividir a emoção, e eis a surpresa: "Amiga, acho que não vou não, não estou me sentindo bem!". Eu imediatamente pensei: "Só pode ter amputado as pernas e os braços...essa é a única justificativa para alguém em sã consciência e com ingresso na mão, deixar de ir para o show de Maria Bethânia". Pensei, mas não falei. Azar o dela! Lembrei que no dia anterior eu estive conversando com um grande amigo (Alvinho), a respeito do show, ouvimos o cd novo, e ele super fã também, falou cabisbaixo: "Poxa, queria tanto ir...". Hááá! Não deu outra! "Alvinho, tem ingresso pra você ir, quer?"; "MENTIRAAAA! Claro que querooo!". Deu 18hs , saí do trabalho, e a essa altura minha cabeça não funcionava mais. Só pensava no show. Passei pra buscar minha irmã no trabalho. Ela era outra que estava em cóóólicas de ansiedade. E eu ligando pra Alvinho pra saber aonde ele estava: "Tô aqui em Brotas, indo no Costa Azul trocar de roupa!Tô de bermuda e chinelo"; "Alvinho, NÃO VAI DAR TEMPO!". Eu e minha irmã chegamos na porta do Teatro Castro Alves as 19hs. Começou a espera por Alvinho. "Velho você tá aonde?"; "Tô chegando! Peguei uma roupa de um amigo aqui no caminho!". Hééé! Estão vendo, fã é fã. Alvinho chegou faltando dez minutos para o início do show:



Antes de entrarmos no teatro lembramos de tomar uma importante providência: Um rolo de papel higiênico "emprestado" do banheiro para eventuais e certeiras lágrimas derramadas durante o espetáculo.Entramos no teatro e tomamos os nossos assentos. Aqueles segundos que antecedem o início do show são de matar...Não mais do que os três toques da sirene avisando que vai começar. Minha barriga revirava, minhas mãos suavam. E eu ouvi a voz dela, a cortina subindo, as rosas vermelhas aparecendo. Não dá pra definir a emoção. A partir de então, hipnose total. O show, além da voz ÚNICA de Bethânia, contava com uma estrutura surreal, entre cores e acordes que só uma artista do "calibre" de Bethânia poderia oferecer. Maravilhoso, Maravilhoso. Um sonho mesmo. Não tenho a menor capacidade de traduzir aqui toda a emoção que aquela uma hora e meia de show me fez sentir.Estávamos os três, eu, Alvinho e Renata, em transe. Quando acabou o show, ela ainda voltou pro bis cantando "Reconvexo"...Lançando a areia do Saara sob os automóveis de Roma. Foi tudo. Saímos do show ainda sem acreditar em tudo que tínhamos visto e ouvido. Tinha um pessoal lá vendo Dvd's e Cd's de Bethânia, mostrei a Alvinho porque sabia que ele queria. Ele comprou um dos Cd's novos, o "Encanteria", e me falou: "Amiga, é pra você. Jamais poderia agradecer a oportunidade que você me deu." . Ai gente, típico "grand finale" né?! Acho que não preciso dizer mais nada.

SURREAL.

E eu não poderia ter ido em melhores companhias. AMO!

PS: O rolo de papel higiênico foi muito bem aproveitado. Nossas maquiagens (minha e de Renata, claro) agradeceram.rsrs

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Maria Bethânia: A saga.

Estava eu futucando a internet, quando vi o anúncio do show de Bethânia: "caralho rei, não acredito." Só que pra minha angustia, quando eu vi, os ingressos já tinham uma semana que haviam começado a serem vendidos: "caralho rei, não acredito". Mesmo assim fui lá e, como era de se esperar, haviam esgotado. Me conformei, com aqueles pensamentos que a gente inventa pra se consolar: "você não ia ter dinheiro pra comprar", "logo vai ter outro show dela aí". Mentira, tava virada no 600. Aí foi chegando perto do feriado de finados, que é um dia depois do aniversário de minha irmã. Aí eu pensei: "pô, preciso ir pro Capão. Preciso me desligar do mundo...Renata vai me matar se eu não for no aniversário dela, mas eu necessito do Capão." Pedi um PAItrocínio. Com o dinheiro na mão, voltando da faculdade e ouvindo a rádio, eis que se anuncia: "A cantora Maria Bethânia fará uma sessão extra no dia 23/11, no TCA. Ingressos a venda." Aí eu olhei pro dinheiro, ele olhou pra mim. Eu olhei pro Capão e Bethânia me olhou. Saí acelerando rumo ao balcão de ingressos. Cheguei lá e me deu um medinho de perguntar se ainda tinha ingressos... não ia suportar mais essa frustração. Só que cheguei lá as 11 da manhã, e o balcão só abria ao meio-dia. Uma hora de espera que pareceram 24. E a fila se formando atrás de mim, uma tensão da zorra. Só tinha uma senhora na minha frente. Abriu o balcão, e a senhora pediu ingresso de Bethânia... e eu vi que tinha! Aqueles lá em cima, no fundo, mas tinha. E a senhora: "Ah, muito longe, não sei se eu quero não... Dá pra ver alguma coisa? Não sei se eu quero não... Longe né?". Ahhhh que agonia!!! Pedi licença a ela e falei com a vendedora: Eu quero esse longe aí mesmo, quero três. Comprei o meu, o de uma amiga e resolvi comprar um pra minha irmã de presente de aniversário, tinha certeza que ela ia morrer com a "surpresinha!". Ingressos nas mãos. Eu me tremia toda! Nunca tinha ido a um show de Bethânia. Fiquei sem saber o que fazer, pra quem ligar. Liguei pra minha irmã: "Velho, vou te dar o melhor presente de toda a sua vida! Você não tá entendendo". Ela se desesperou na curiosidade. Fui no trabalho dela, não tava aguentando de ansiedade, precisava dividir com alguém que também fosse vibrar junto comigo. Fomos almoçar juntas e ela: "Oxe Lorena, fale logo aí o que é!". Pedi pra ela abrir a mão e entreguei o ingresso: "CARALHO REI...CARALHO VELHO, NÃO TÔ ACREDITANDO!".A coitada quase infarta! Foi um tal de chorar de me abraçar, de xingar, que só vendo...
...Continua na próxima postagem...rsrs

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Doces Bárbaro e Rita Lee

Eu não gosto de escrever no rompante da idéia. Sempre espero que as coisas se organizem para que possam ser retratadas, mas hoje resolvi fazer diferente. Estou discorrendo, assim, pensamento livre. Sem saber muito o porquê nem aonde isso vai dar. Experimento uma sensação de liberdade do pensamento, dos dedos, das sensações. Deixar que vocês me leiam. É o que faço, estou deixando que vocês realmente me leiam. Talvez essas linahs desordenadas falem mais de mim do que o muito organizado dos outros textos. E por incrível que pareça, o fato de me expor assim, nua, não me deixa constrangida nem envergonhada. Me sinto rasgando a camisa e me entregando. Loucura. Esqueçam isso, não sei do que estou falando. Escrevendo. Ah! Transmitindo, que seja. Mas espero que vocês tenham entendido. E, se entenderam, opr favor, me expliquem. Vocês são a tecla SAP de mim. Apesar de eu não saber que vocês são esses. mas tudo bem. Nem vocês, nem eu, nem ninguém.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Retratando-me.

Bom meus queridos, desculpa a demora! Mas é que desde que tive a certeza que minha mãe é assídua no meu blog, que fiquei bloqueada pra escrever. Sei lá, acho que saber que ela lê o meu blog me remete a época que ela lia minhas agendas escondido. Não que ela não possa ler o blog, mas simplesmente me dá uma sensação estranha de desconforto, talvez trauma. Enquanto essa sensação continuar, acredito difícil sair alguma linha. Porém, já que estou nesse entrave emotivo, trago aqui pra vocês um texto de Martha Medeiros que recebi de minha irmã via email:

SIMPLICIDADE DE UMA MULHER MADURA

Quando tinha 15 anos, esperava um dia ter um namorado... seria bom se fosse alegre e amigo...

Quando tinha 18 anos, encontrei esse garoto e namoramos; ele era meu amigo, mas não tinha paixão por mim.
Então percebi que precisava de um homem apaixonado, com vontade de viver, que se emocionasse....

Na faculdade saía com um cara apaixonado, mas era emocional demais.
Tudo era terrível, era o "rei dos problemas", chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Descobri então, que precisava de um rapaz estável.

Quando tinha 25 anos encontrei um homem bem estável, sabia o que queria da vida; mas era muito chato: queria sempre as mesmas coisas dormir no mesmo lado da cama, feira no sábado e cinema no domingo. Era totalmente previsível e nunca nada o excitava.
A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de um homem mais excitante.

Aos 30, encontrei um "tudo de bom", brilhante, bonito, falante e excitante, mas não consegui acompanhá-lo.
Ele ia de um lado para o outro, sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, paquerava qualquer uma e me fez sentir tão miserável, quanto feliz.
No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.
Decidi buscar um homem com alguma ambição para com ele construir uma vida segura.
Procurei bastante, incansavelmente...

Quando cheguei aos 35, encontrei um homem inteligente, ambicioso e com os pés no chão. Apartamento próprio, casa na praia, carro importado... Solteiro e sem rolos!
Pensei logo em casar com ele. Mas era tão ambicioso que me trocou por uma herdeira rica...

Hoje, depois de tudo isso, gosto de homens com pinto duro...
E só!
Nada como a simplicidade...


.::Reflexivo hein??? Rsrs...Ai, ai viu... Beijos meus queridos!!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Odara.

Eu nunca vi um ser humano com a vida tão imprevisível quanto eu. Meu Deus, é assustador! Eu posso ter a maior certeza do que quero aqui agora e em uma hora acontecerem tantas coisas que me fazem mudar todos os rumos de novo. Aí eu meto os pés pelas mãos, falo o que não devo, cometo mil erros. Erros né... foi aí que resolvi escrever...para saber quem aqui sabe o que é certo e errado. Quem de nós pode ser tão senhor de si a ponto de rotular a vida com base nos seus preconceitos, pós conceitos, que seja. Somos regidos por uma sociedade que perdeu totalmente o senso dos valores. Que dá ibope a uma mulher que dançou praticamente nua em uma festa, mas esquece que existem pessoas passando fome que necessitam de muito mais atenção do que ela. Erramos o tempo inteiro, mas se a vizinha trair o marido ela é cachorra. Um absurdo. Eu não aguento essa hipocrisia. Me irrita sinceramente a maneira como as pessoas se ocupam da vida das outras. É tão prático cada um cuidar da sua vida, mas não... ninguém aguenta enxergar seus próprios defeitos! É prazeroso saber que a pessoa ao lado é igual ou pior que a gente, assim não nos sentimos só. Eu não me incluo fora disso tudo, sei que tenho meus momentos de julgar os outros, apontar, acredito que faz parte, mas não faço disso o meu objetivo de vida, nem fico difamando ninguém... aliás nem posso! Enxergo muito bem os meus passos e sei quantos deles fugiram da linha reta, portanto, quem sou eu para mostrar o caminho certo (se é que existe isso) para alguém que andou se desviando? Eu não! Cada um que contorne suas curvas! Eu, inclusive, tenho é prolongado as minhas...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Adooooro meeeesmo. (Texto Censurado)





***Taty diz:
pois é
ahh
comecei a ler a menina que roubava livros
sensacional
Lorena diz:
poxa que inveja
vou comprar essa zorra
Taty diz:
compre mesmo
é muito irado amiga
Lorena diz:
irado????
hahahahhahaha
Você é paulista é?
IRADO!
hahahahah
irado manô
Taty diz:
hauhauauauua
sabia q vc ia falar
saiu sem querer
hauauauua
Lorena diz:
uma puta têndêêência mêsmo
Taty diz:
pois ê mêo...


Adooooooooro!


*** Minha mãe achou melhor tirar o texto... e eu acabei concordando. A gente pode fazer as coisas, só não pode dizer que faz.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Calça Jeans e Blusa Branca.

Estou numa angústia retada. Tenho tentado dar um rumo diferente em minha vida esse ano. Descobrir o que quero. Porquê a gente tem mania de dizer que só sabe o que não quer, e achar isso filosófico. Pelo menos eu sempre falei isso e achava super cult. Mas agora não, quero querer. Já descobri um monte de quereres... Principalmente depois de internalizar a minha caretisse (ver: post "Fuck for Forest"). Descobri que sou uma boa mulher convencional, com minhas particularidades, tudo bem, mas convencional. Quero ter um bom emprego, que me dê segurança e estabilidade para mim e minha família. É, família, porque quero casar e ter filhos. Quero conhecer a Espanha, o Egito, a Jamaica e quero voltar na Grécia com outras companhias (rsrsrs). Coisas básicas que todo mundo quer e eu quero também, não tenho problema nenhum em ser clichê. As pessoas se incomodam em querer o que todo mundo quer... Eu não. Essa coisa de querer se diferenciar demais eu deixo para os milhares de pseudo-alternativos-intelectualóides que eu vejo pelo Rio Vermelho. Estou adorando a minha fase básica. Clichê ou não... "O bom é ser feliz, e mais nada!".



"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais"

PS: Semana que vem, 25 anos...Cruzes! Deve ser isso...rsrs

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fora Sarney.

Precisamos fazer alguma coisa.

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"... Vamos amigo lute, vamos amigo ajude, se não a gente acaba perdendo o que já conquistou..."

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fortalecendo o ego.

O MENOR CONTO DE FADAS DO MUNDO

Era uma vez uma LINDA moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?


Ele respondeu:


- NÃO!!!!


E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, vivia fazendo compras, conheceu muuuuitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, trocou de carro, redecorou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, pois não tinha sogra, não tinha que lavar, passar, nunca lhe faltava nada, bebia champanhe com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.


O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois nenhum homem constrói nada sem uma MULHER.

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Piadinha pra levantar a moral... MUITO BOA!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Com pé e cabeça.

Todo mundo quer saber como foi lá na Grécia. Eu não quero mais falar da Grécia!!! Foi muito bom e ponto. Agora eu estou aqui e a minha vida é aqui.Tá, tá... a Grécia é maravilhosa. Paisagens deslumbrantes onde se pode inspirar um ar quase que divino. Mas estou de saco cheio de contar as mesmas coisas pra todo mundo. Sinto-me a vontade de aqui, pelo menos, ser bem sucinta em relação ao estrangeiro. Na verdade, para mim o grande ganho nisso tudo foi extremamente pessoal. Aprendizados que não podem ser divididos nem resumido em palavras. Foram conquistas só minhas. O que me impressionou? Além de tudo, poder observar a linguagem do corpo. O quanto o nosso corpo fala sem precisar de palavras. Como lá eu muitas vezes sobrava nas mesas de bar, aprendi a entender as conversas através da linguagem corporal e da entonação das vozes. E dessa forma é muito mais fácil perceber as pessoas, já que o que elas lhe dizem, não está lhe dizendo nada. Mas já voltei e a Grécia tá lá no mesmo lugar. E eu estou aqui. com os mesmos perrengues de sempre, a mesma Dinha do Acarajé de sempre, os mesmos amigos de sempre e o mesmo vagabundo coração de sempre. Digo isso, a respeito do coração, porque o conheço bem e sei que ele é um indigno mesmo. Eu até seria capaz, mas ele não consegue esquecer a boemia e agarrar a galinha dos ovos de ouro. Tsc, tsc. Insensato demais mesmo. Mas o que eu posso fazer né? Meu coração parece que tem elefantíase... toma meu corpo todo e comanda o coreto. Sendo assim... "Eu volto pra orgia, pro meu mundo proibido, de onde eu nunca devia ter saído...". Seja feita vossa vontade, sábio músculo involuntário...

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Até porque o perfume dele está pela casa toda...

segunda-feira, 23 de março de 2009

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”
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.: Maravilhosa Clarice Lispector. Nós somos amigas (risos...).

sexta-feira, 20 de março de 2009

Memorando.

Gente eu estou ficando velha! Isso é fato! Tenho sentido isso dia após dia. Não porquê estou cheia de ruga e com a bunda caída, mas porquê tenho ficado cada vez mais seletiva e observadora das situações, o que só a idade e as experiências proporcionam. Por exemplo, com as amizades. Quando a gente é jovem é comum termos aquela galera gigaaante de amigos, onde todo mundo é legal e divertido. Quando ficamos mais velhos, aprendemos a filtrar essa galera e o que fica é muito pouco. Um pouco bastante significativo, talvez mais até do que toda aquela galera, mas, realmente, não se compara em termos numéricos. É engraçado como esse ano tem sido uma ano de bastante reflexão para mim, desde o início. Acho que esse 1/4 de século que vou completar tem mexido muito com o meu íntimo (risos!). Quando eu era adolescente tinha vários planos: com 20 anos vou começar a namorar sério e com esse namorado vou noivar aos 22. Com 24 me caso e com 26 tenho o meu primeiro filho. Ah! E aos 20 também já teria (supostamente) saído de casa, porque teria um emprego que me possibilitaria isso. Trajetória brilhante de vida. Realizações??? Até agora nenhuma!!!rsrsrsrs. Mas vamo que vamo! As coisas não caminharam bem como imaginei, mas não posso negar que não imaginava aprender tanto em termo de relações pessoais como aprendi durante esse tempo. Aprendi com a vida e com os tabefes que ela me deu que amizade é muito mais que abraçar, dizer que ama e chamar de amiga ou amigo (aquele bom e falso "oi amigááá", de alguém que você conheceu ontem). Existem amigos meus que eu só vejo uma vez no ano, mas que são muito mais presentes do que muitos que convivo diariamente. Aprendi que o amor é muito maior que uma relação carnal, é algo que transcende. Amor é uma energia vital que deve ser cultivada, apesar de tudo, apesar de nada. Aprendi que família é sim a coisa mais importante do mundo. Lembro de ter ouvido isso até cansar na minha adolescência e não ter dado muita bola. Natural, adolescente é assim mesmo, mas é a maior verdade desse mundo. Na hora do grande sufoco mesmo, não dá outra, são eles que estão lá sim, não duvidem. Aprendi muita coisa, e por isso não me queixo dos planos frustrados da adolescência... porque sei que ainda posso noivar aos 27, casar aos 30 e ter um filho aos 31!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Controlando minha maluquez misturada com minha lucidez.

Eu tenho muita inveja dos "maluco". Eu digo maluco, maluco mesmo, desses que a gente vê perambulando pelas ruas, não os que se dizem maluco-mutchodoido porque fumam maconha, leram uma frase de filosofia e ouvem Bob Marley (com todo respeito a esse grande homem). Maluco de rua (pode-se incluir os moradores de rua também) faz o que quer e, geralmente, são muito inteligentes. Uma vez eu estava indo pro meu colégio e tive que parar debaixo de uma árvore no caminho porque começou a chover. Quando me dei conta tinha um maluco sentado do meu lado. Fiquei logo com medo, mas a chuva estava demais e ele não me pareceu ofensivo. Fiquei lá um tempão e nada da chuva passar, e ele só me olhando. Pensei: "Poxa, como eu queria sentar no papelão com ele". Mas fiquei na minha. Até que olhei pra ele e quando eu ia pedir ele me convidou pra sentar. Sentei. Morrendo de medo. Não me lembro dos detalhes da conversa porque já fazem muitos anos, mas lembro de ele ter me questionado sobre a grandeza da chuva. A conversa foi tão prazerosa que a chuva passou e eu nem me dei conta. Fiquei lá conversando com ele e admirada na riqueza da lente dos olhos daquele homem. Na maneira detalhada e pura com que ele fazia suas observações do mundo. Lembro de ele ter me dito para nunca me acostumar com as coisas. Nunca me acostumar com o vento, com a chuva, com o sol, com as pessoas. Quem se acostuma se acomoda. Quem não se acostuma, admira. Maluco grita, quando quer gritar, rir, chora, sem se incomodar com a presença dos outros. Maluco fala sozinho, dorme na rua, toma chuva na cabeça. Maluco vive de verdade. Eu até hoje ouço a voz do "meu" maluco. Não passo um dia pela orla sem admirar aquele marzão. Me admiro de coisas pequenas, como por exemplo o respirar. Vocês já pararam pra pensar como o nosso organismo é fantástico? Você não pensa pra respirar, você simplesmente respira! Muito bom! E a internet??? Meu Deus, a internet é muita onda! Você fala com gente do mundo todo e ainda vê a pessoa que tá nos Cabrobró do Juda (na Grécia por exemplo...rsrs)!!! Quando a gente admira as coisas, se surpreende com elas, a vida é sempre interessante. Por tanto, se admire sempre de tudo, inclusive de você. Sinta a vida mais de perto, tome um banho de chuva no meio da madrugada, um banho de mar de noite no Porto da Barra...sei lá! Torne-se maluco pelo menos por um instante...te asseguro que é bem saudável! Palavra de (futura) psicóloga!




"... Vou rasgar dinheiro, tocar fogo nele, só pra variar..."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fuck for Forest - Parte II (Ou : EU SOU CARETA)

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fuck for Forest - Parte I

Final do ano de 2008, resolvi ir pro Capão, relaxar do estresse da faculdade e da vida bombada da babilônica Salvador, como sempre faço. Cheguei lá e reinava aquela paz costumeira. O camping de Seu Dai estava maravilhosamente vazio, com algumas poucas pessoas com as quais logo fiz amizade. Um certo dia, estávamos conversando a noite na cozinha e percebemos que chegavam mais viajantes para acampar por lá. Tudo bem, o espírito caponiano pede que sejamos receptivos, e fomos. No outro dia pela manhã, estávamos tomando o café, quando surge uma mulher. Mulher essa que, tenho certeza, foi a inspiração originária para a definição da palavra ESTRANHA. Pense em uma coisa indescritível? Vou tentar (mas é tentar mesmo, pois sou incapaz de reproduzir fielmente) explicar: ela era rasta, mas não é um rasta comum, era uma coisa meio árvore, meio Amy Winehouse, com uma rosa vermelha no meio da cabeleira. Um vestido-lingerie-transparente-sem calcinha SURREAL. Uma meia calça preta toooda rasgada, estilo alguém me rasgou. Tomei um susto daqueles, mas pensei: "Lorena, não seja careta, você está na Chapada Diamantina, no Capão, o reduto da liberdade e da galera cuca fresca". Está certo, cumprimentei aquele ser estrangeiro e continuei o meu desjejum. Foi só o tempo de eu perceber que, iguais a ela, ainda tinham mais duas e mais um homem. As mulheres desfilavam sem calcinha com as pouca-vergonha a mostra, ou vergonha alguma. E o rapaz de saia e sem cueca. Começamos a conversar todos na cozinha e eles foram falando. Um era da Alemanha, outro de num sei onde e por aí vai. Conversa vai, conversa vem, acabei entendendo que eles fazem parte de uma ONG (essa é a melhor parte) que visa proteger a natureza e incentivar projetos ecológicos. Como? Aí é que está! Meus amigos, eles percorrem o mundo fazendo filmes e fotos pornográficas na natureza, para depois enviar para um site na internet. Para acessar o conteúdo do site, você tem que pagar e então, TCHARAM! O dinheiro é destinado a atividades ecológicas!!! Já pensou?! Pois é, eles pensaram! resultado: essa turma foi o assunto do Capão! E aí tenho uma história fantástica para contar que participei, mas vou deixar para amanhã escrever... Esse texto já está muito grande! Mas não percam...rsrsrs