sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu sou brega.

Eu estava alí, deitada, tentando tirar um cochilo antes de cair na noite de sexta...mas não consegui. Desliguei a luz, a televisão, mas não adiantou, porquê dentro de mim não se fez silêncio. Uma angústia por não sei o quê, uma ansiedade que vem não sei de onde. Coração tão apertado...quer dizer, na verdade acho que o contrário. Acho que meu coração infla. Infla tanto, tanto que toma o corpo, a cabeça. E eu posso sentir cada batida dele. Isso acontece com vocês? A agonia é tanta que se sente cada batida que o coração dá, numa ressonância tão forte que parece até que o coração está parado, e o que esta batendo é o corpo todo : "TUMMM MMM MMM MMM". Eu fico de saco cheio de mim. Dessa minha mania de querer amar, de querer um amor. Não consigo viver sem estar apaixonada. É sempre tudo tão intenso, que ao fim de cada emoção eu me sinto esgotada. E eu não falo de estar apaixonada por homem, necessariamente. É estar apaixonada por uma amizade, um livro, uma banda, uma cidade, de uma forma tal, que não me passa outra coisa pela cabeça que não tenha relação com a paixão do momento. Estou cansada de ser assim, quero sintonizar. Sabe? Nem alta estação, nem baixa estação...tipo assim, primavera.


Eu amo demais. E cansei .




"...Basta um instante

E você tem amor bastante."
(P. Leminski)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

De repente, nós.

A importância de um sentimento está na intensidade com que ele acontece, e não no tempo. Fato comprovado. Na minha vida, tudo sempre acontece no "de repente". Tava tudo bem, aí de repente... Tava tudo horrível, aí de repente... Tava tudo calmo, aí de repente... De Repente é carnaval! De Repente, é Recife. O colorido de suas ruas, dos seus blocos de fanfarra e maracatu, da tradicional Olinda. É impressionante como aqui em Salvador nós não fazemos noção do que é BRINCAR CARNAVAL, no sentido literal da palavra. São concepções diferentes de diversão. Em Pernambuco, as pessoas realmente brincam. Adultos, crianças, idosos. Todos põem suas fantasias e vão as ruas cantar as marchinhas. "Oliiinda, quero cantar a tii, esta canção...". Muito bonito! Sem falar nos shows que vão madrugada a dentro, numa festa de ritmos e sons para todos os gostos. Um carnaval multicultural, como eles dizem por lá. Reunião de todas as tribos e respeito a diversidade. Amei Pernambuco, com todas as forças. Amor no bater dos olhos. Quem disse que não se pode amar assim, num rompante? Paixão a primeira vista; vista de olhos verdes e íris amarela. Pés andarilhos, coração nômade. Que cantei, que dancei, que me entreguei, que tem uma admirável beleza. Que me leve. Que te guardo.