sábado, 28 de abril de 2012

Veto

Deveria ser proibido:

- Dizer o que não se sente;
- Olhar sem ver;
- Beijar sem querer;
- Jurar e não cumprir;
- Amar e não viver;



Ah... Deveria ser...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Oca em eco

Aí eu fumo pra caralho. Bebo pra caralho. Choro pra caralho. Mas falo muito pouco. Quase nada. O silêncio desesperado dos conformados.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Arroto.

Antes de começar, quero dizer que esse texto tem o único objetivo de expurgar. De tentar tornar mais leve a minha alma que, agora, encontra-se completamente densa, pesada. Escrevo agora só para mim e por mim. Porque eu estou sangrando. Por mais que eu não queira, por mais que não seja novo, sim, eu estou sangrando e dói. Não vou usar metáfora, não vou falar bonito. Quero ser Isadora-faca-no-peito: enfiar o dedo na ferida. Estou cansada de falsos bem-quereres. Eu não preciso disso. Dessa falsidade. Desse sentimento pirata. Nunca pedi a amizade nem o amor de ninguém. Graças à Deus, tudo que tenho foi fruto de conquista. Amor acaba. Amizade acaba. Eu aceito isso. Muito mais do que o fingimento, do que gente que quer sustentar o insustentável "você é importante pra mim". Ah para! Pra quê querer bancar esse discurso, vazio de sentido? Não me refiro à ninguém em especial, mas a alguéns que, para mim sim, são especiais. E estão deixando de ser. E é por isso que eu sangro. Gosto de somar pessoas especiais, e não de diminuí-las.Vai ver que, de repente, eu que tornei champagne, pessoas água com gás. Agora eu que aprenda a arrotá-las.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eu quero um Rivotril.

Enquanto a insônia devora as horas da minha madrugada, minha cabeça não perdoa. Povoada de incertezas, angústias, conflitos, que só alimentam o dissabor da falta de sono, a danada da mente fica em eboliçao, me provocando, me castigando. Me enlouquecendo, eu diria. A gente sempre tem questões à pensar, as quais não queremos pensar, porque nos empurra a tomar decisões à respeito. Decisões essas que na maioria das vezes estamos protelando há um bom e gostoso tempo, na esperança de que um dia a vida venha e PLIM! Resolva por si só. Decidir é difícil. Mas na hora da insônia, no silêncio da casa quase inabitada (milagrosamente),  são elas, justo estas questões, que nos atordoam, dando pontadas agudas na nossa cabeça. Sempre fui ruim para tomar decisões, tenho medo de fazer a coisa errada, de estar me precipitando. Por isso demoro muito até chegar à martelada final. Para tanto, penso, penso, penso, analiso, peso, penso de novo e de novo. Isso pode levar um bom tempo, mas me dá a tranquilidade de decidir com fortes argumentos, com um pouco mais de segurança. Quando digo o que decidi, certamente já se passaram muitos carnavais pela minha massa cinzenta. Mas agora, nesse momento, eu só queria dormir!

Eu quero um Rivotril...


... Mas pode ser um cigarro.