segunda-feira, 30 de maio de 2011
Duas da mesma
sábado, 28 de maio de 2011
Chocada.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Encanteria
Eu amo a música. É algo visceral. Não sei cantar, não sei tocar nada, mas dentro da minha família materna, sou exceção. Minha irmã canta, meus primos quase todos são músicos. Se tive alguma ligação direta com a música, foi na minha vida de bailarina por 15 anos. E também pelos meus namorados. Eu posso afirmar sem medo de errar que 95% deles eram músicos. Não que eu fosse objetivamente atrás dessa espécime, mas era sempre assim: “Legal, o que você faz?”… “ Sou médico, mas toco guitarra numa banda…” Puts!!! Quando falo a meu pai que estou namorando, ele logo me pergunta: “Toca o quê?”. É verdade, música ( e músicos) me atrai muito. Nos últimos anos abri um leque musical muito precioso. Fui apresentada à novos ritmos, sons. Lembro da primeira vez que ouvi uma Orquestra pessoalmente. Foi no TCA, na gravação de um comercial que participei e que tinha uma Orquestra tocando no palco. Achei muito bonito, mas aquilo não me impactou tanto, acho que não era o meu momento de sentir. Foi em outro momento que isso aconteceu. Mas precisamente em Abril deste ano. Fui com minha irmã e um amigo ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, assistir a Orquestra Sinfônica e Coro. Confesso que fui achando que ia dormir no meio do concerto, porém ao chegar na frente do teatro, fui arrebata de pronto pela beleza e grandiosidade daquele lugar. Quando começou o concerto, foi como uma hipnose. A mesma hipnose que senti quando sozinha contemplava a Orquestra NEOJIBA no Teatro Castro Alves, aqui em Salvador. A sensação que o som de uma Orquestra me causa, é algo inexplicável. Eu sinto como se o meu corpo ficasse alí sentado na cadeira e a minha alma vestisse o tutu de bailarina e saísse rodopiando pelo salão. É como se só existisse eu e aquele som dentro do teatro. E quanto mais se vai ver estes espetáculos, mais bonitos eles ficam. Você começa a conseguir percerber melhor o som de cada instrumento. Eu não sei o nome de quase nenhum deles, não entendo de partituras, muito menos sei algo sobre os clássicos desse estílo musical, mas acredito que não é uma questão de entender, e sim, sobretudo, de sentir. E eu sinto com todo o meu corpo e por todos os poros da minha pele. Como se eu me diluísse e me tornasse também partículas sonoras. E aí começa-se a entender porque o Maestro tem aqueles espasmos quando esta regendo. Percebe-se que cada movimento é dono de um som e, posso até confessar, que tive meus espasmos na cadeira, juntamente com arrepios da ponta do pé até o fio do cabelo. Assistir a NEOJIBA foi muito mágico, tanto pelas sensações inúmeras e indiscritíveis que me despertou, como pelo orgulho de saber que algo tão majestoso é coisa da Bahia. De baianos. Tão criticados pela sua produção musical atual e ofendidos como “gente que só consegue tocar instrumento de uma corda só”, a NEOJIBA, assim como a OSBA, (dentre tantas outras boa coisas da nossa terra), vem nos trazer de volta o orgulho da música na Bahia. Falta, que nós valorizemos a boa música. A nossa boa música. Precisamos nos permitir o novo. Acabar com esse preconceito juvenil de que música clássica e orquestra é “coisa de velho” e gente chata. Vá a um concerto, aprecie! Vamos refinar os nossos ouvidos e alimentar a nossa alma. Permita-se o êxtase! Mais uma vez e incanssavelmente, parabéns à NEOJIBA e Ricardo Castro (o que foi aquilo ao piano?!?!??!!!!!). E ao Regente tão novinho, mas tão competente, Ilyich Rivas… 17 aninhos…ah, se ele tivesse ao menos 18…! ;)