quinta-feira, 28 de abril de 2011

Marinalva


Chega uma idade em que as pessoas que você tanto ama, que te viram crescer, vão ficando velhinhas. E começa um ciclo temeroso de despedidas. Um confronto muito forte com a efemeridade da vida: sim, nós morremos! Sim, basta estar vivo, para morrer. E por mais que estejam velhinhos, que estejam doentes, que seja aquela pessoa que a gente não vê há bastante tempo, é sempre doloroso a perda de alguém. Eu, hoje, queria homenagear aquela que nos deixou. Aquela tão querida, com sua famosa e temida “boca suja”. Com seu jeitão “esquisito” e divertido de ser. A ela, que viu meu pai crescer, casar, ter filhos. Que me viu crescer. E por isso, não fui ao cemitério, não gostaria de me despedir dela naquele cenário mórbido. Prefiro guardar a lembrança alegre da sua existência. Chegue fazendo a festa, aonde quer que estejas. Um brinde a sua vontade transbordante de viver! À você, tia Nalvinha, toda a minha gratidão. Obrigada!



sábado, 23 de abril de 2011

Odara


E , mais uma vez, é de repente que meu mundo fica assim...Odara. Sempre depois de um turbilhão de sentimentos positivos e negativos, me vem essa sensação. Uma leveza, uma calmaria, e liberdade. Me sinto livre para ser o que eu quiser, pensar, dizer, fazer o que eu quiser. E faço. Fico totalmente permissiva. Me permito muito. Sinto até inveja de mim. Simplesmente passo a existir com toda a graça que se pode. É uma revitalização das mais gostosas, que acaba por atrair coisas e pessoas tão gostosas quanto. E eu acabo por viver os melhores momentos da minha vida assim, depois de uma ventania. É nos "de repentes" que minha alma dança. Toque o foda-se.



terça-feira, 19 de abril de 2011

Me deixe ser.


Eu sempre acho que me antecipo muito nas coisas. Em todas elas. E todo mundo me orienta a não ser assim tão ansiosa, tão voraz, precipitada até. Mas quer saber? Eu sou assim!!! E, por enquanto, é só assim que sei ser! Talvez com alguns anos de terapia, yôga, e chá de cogumelo, eu me torne uma pessoa mais centrada. Mas por enquanto, quer gostar? Então, aceita! Eu vivo sempre achando que o tempo não vai me esperar. Que o momento é agora. A oportunidade aparece e eu agarro. Ok, poderia agarrar assim tipo, pela mão. Mas eu agarro de corpo todo. E se tiver que soltar, eu solto também. Então, porque isso incomoda tanto as pessoas? Nem acho que esse seja o meu maior defeito...às vezes pode até ser qualidade! Depende das circunstâncias. Cada um no seu ritmo... Acho lindo as pessoas que refletem, esperam, moderam. Eu, ajo duas vezes antes de pensar. Mas posso fazer o quê? Eu sou urgente.


"Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade"

http://www.youtube.com/watch?v=uGTgH2AyQEQ



terça-feira, 12 de abril de 2011

Tente Parar-Me (ou TPM)


E eis que acendo meu cigarro. Fico pensando : “Você é louca!”. Me questiono seriamente a respeito da minha sanidade. Sou completamente mutável. Só não me classifico bipolar porque não preencho todos os requisitos para tal, mas creio que passo perto. Sou muito, mas muito, mas muito impulsiva. Apesar de ter melhorado bastante. Quando isto se junta a ansiedade, pronto! Está confeccionado o meu belo coquetel molotov. E aí, sai de perto. Meto lindamente os pés pelas mãos. O que acontece é que, agora, depois de tanto estudar o ser humano, percebo as coisas mais facilmente em mim. E depois de alguns segundos analiso a total discrepância daquilo que acabei de fazer ou dizer: “Putz!!!”. Aí fico me perguntando onde eu estava com a cabeça. Me arrependo amargamente. Às vezes consigo consertar, muitas outras não. E essa é uma tentativa (descarada) de redenção. Dá pra ser? Reconsidere, mulher de TPM é inimputável.


Fake

É incrível como tudo a minha volta se desorganiza, quando dentro de mim tem uma avalanche. Minha casa está bagunçada há, pelo menos, 15 dias. Quando vem visita aqui, escondo debaixo da esteira, debaixo da cama, ou dentro do armário. E as pessoas acham tudo muito organizado. Talvez eu também esconda minhas inquietações, por trás de um sorriso. Sufoque minhas ansiedades num (ou vários) cigarro. Camufle a tristeza num (ou vários) copo de cerveja. Perdi o hábito de gritar aos quatro cantos as minhas implosões, mas já não sei se isso quer dizer maturidade. Muitas vezes tenho raiva da maturidade. Queria poder bater o pé no chão, fazer beicinho, chorar descabelada e exigir: “eu quero, eu quero, eu quero!”. Eu estou bem feia, mas o meu cabelo está pintado, hidratado e escovado. Eu sou bonita.


PS: Faz parte do meu show.