Me lembro como hoje, a nossa primeira viagem juntas. Muita ansiedade, pelo lugar, e por também ainda não saber muito como lidar com ela. Depois de muita atrapalhação, conseguimos arrumá-la. Mas dessa primeira experiência, ela não foi muito badalada não. Por motivos extras, que prefiro não comentar, ficou lá, erguida, mas vazia. A verdade é essa.

Após algumas aventuras pelo serrado, resolvemos esquentar o clima. Aportamos em areias alagoanas por duas vezes. Ah... as areias alagoanas... tenho certeza que jamais esqueceremos aquela boa temporada. Chegamos bem tímidas na primeira vez... Mas na segunda, já estávamos "local". Fomos eu, ela, e uma outra grande companheira.
Nada mais belo do que a Praia do Francês. Nada mais louco, nada mais intenso... E agora, nada mais. Nem louco, nem francês, nem ela. É que ela não era minha, de verdade. Poderia ser, por Uso Capião, dois anos juntas, mas a verdade é que não era. Foi adquirida por uma amiga, dessas amigas empolgadas, que se você botar uma pilha, ela compra até prancha de surf, sem nem saber nadar, sabe? Foi adquirida por ela, mas ela nunca usou. Nunca nem me pediu pra usar. Nem vai usar nunca, sabe. Mas ela a levou de mim... Com certeza pra ficar na garagem, enfeitando o seu orgulho em dizer: "eu tenho uma barraca". Ou então pra emprestar aos amigos descolados. Até quis comprar ela, mas não teve muita conversa. Juro que fiquei muito sentida. Eu nem sabia que era tão apegada a ela, mas quando me vi sem, fiquei triste de verdade! Sei que você deve estar pensando que é tudo muito dramático, e é realmente. Mas é de verdade. Estou me sentindo meio sem teto. E imaginar que ela vai ficar lá pegando mofo, me dói mais ainda. Eu sei que não era minha, eu sei... mas qual o sentido de pegar de volta de uma amiga sua, um sapato 35, se você agora calça 37? Só porque é seu?! Deixa com ela, que ela faz bom uso! Ou então vende, que ela compra!!! Sei que ela poderia comprar uma nova, na loja, mas ela quer essa! Essa, que tem areia dentro, que ela não conseguiu limpar. Essa que está com um furinho básico na entrada, daquele cigarro que pegou sem querer. Ela queria essa, que guarda todas as lembranças de tantas histórias. Outra, na loja Centauro, não interessa.
Sim, com muito drama mesmo.
Lorena.
Vou ter que fazer uma abaixo assinado para recuperar essa barraca!!! Assim não dá!!! Tadinha... rs Amoooo...
ResponderExcluirGenilal!!!
ResponderExcluirSe a minha tivesse viva daria p vc. Mas o cachorro comeu...
N tinha as suas histórias, na verdade nem as minhas... mas barraca emprestada é melhor sempre.
ótmio retorno ao blog!
ATÉ Q ENFIM!!!!
Bjos e saudades tantas!
na saudade de ouvir tuas histórias ao vivo, vir aqui é delicioso e compartilhar as perdas, o melhor remédio.
ResponderExcluirAmiga,
ResponderExcluirnão é drama, sei a importância que tem a nossa barraca (mesmo que não seja nossa), é uma parte da nossa vida, olhar pra ela já desperta lembranças que a fotografia não regitrou, momentos que a memória quase apagou, com ela dividimos palavras, cigarros, tragos, risos, suspiros, uma parte de nossa vida que só ela pode trazer de volta.
Compartilho de sua dor, pois a minha está de férias em Aju e não veja a hora de ir busca-la.
Bjinnnn!