segunda-feira, 1 de março de 2010

Memórias póstumas de um beijo sem lembrança

"Difícil traduzir a sensação que tive quando nos rendemos àquele meteórico beijo. Pensei em tantas coisas em tão pequena fração de tempo que pensei em quase nada. Ou nada sólido. Pondo a canto a positividade ou não das emoções, seria, talvez, como ter á testa o algor de um cano de revólver. Nesse momento se pensa em tudo e nada ao mesmo tempo. Como se toda uma vida, o que se foi e o que deveria ser, passasse tão desenfreadamente pela cabeça que não fosse possível ordenar um pensamento sequer. Resta apenas um aspirante e quase subconsciente talião a ecoar como um bordão: vou morrer!, vou morrer!. A mesma ressonante inoportuna domava meus sentidos ao passo que a boca molhada com gosto de não-me-lembro-o-quê degustava solitária o ósculo por tanto e tantos desejado: Vou morrer!, vou morrer! Se senti outra coisa enquanto beijava Chico, o Buarque, não me recordo. "

** Conto de minha amiga (e figuraça) Nyala. Porquê onze, de cada dez mulheres, querem o Chico!

4 comentários:

  1. Realmente, eu quero o Chico Buarque!!

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  2. Oi Lorena.. Estou de volta, eu acho, pelo menos agora.. Vamos agitar? \0/

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  3. Dando uma passadinha aqui para conhecer o blog. E quem não quer o Chico, não é mesmo? rs.

    beijos

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